O advogado criminalista José Rérisson Macedo, ex-delegado da Polícia Civil conhecido por desvendar casos complexos em Araguaína, expressou sua discordância em relação ao desfecho das investigações sobre a morte de dois empresários durante uma cobrança de dívida na cidade.
Segundo o inquérito, os empresários Alilton Naves Costa, conhecido como Santa Fé, e Delcimar Alves, o Gordo da Borracharia, foram mortos em novembro de 2022, em uma troca de tiros durante a cobrança de uma dívida no setor Jardim dos Ipês.
Rérisson Macedo criticou as conclusões da investigação conduzida pelo delegado Adriano de Aguiar Carvalho, da 2ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e a decisão do Ministério Público Estadual (MPE) de arquivar o caso em relação aos crimes dolosos contra a vida. O inquérito alega legítima defesa por parte do autor dos disparos fatais.
Atuando como advogado de defesa de Pedro Afonso Ferreira Alves, um dos presentes no momento dos acontecimentos, Rérisson protocolou uma Manifestação nos autos contestando o arquivamento do caso e pedindo uma revisão ministerial.
"Esse relatório, bem como a manifestação do MP, é um dos maiores absurdos jurídicos que já vi em toda minha vida", afirmou o advogado.
Para ele, as investigações deixaram lacunas a serem preenchidas, apontando para a necessidade de uma reprodução simulada do incidente para esclarecer as controvérsias nos depoimentos.
A polícia, por sua vez, mantém sua posição de que as investigações foram conduzidas de forma adequada, destacando que as evidências apontam para legítima defesa por parte do autor dos disparos, que teria agido em defesa própria e de terceiros.
Enquanto as partes envolvidas continuam em desacordo sobre os desdobramentos do caso, a busca pela verdade segue, com implicações significativas para a integridade do sistema de justiça criminal na região de Araguaína.
Fonte: AF notícias
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