Mistério em Guaraí: Dono de Cerâmica é Investigado por Feminicídio e Ocultação de Cadáver no Interior do Tocantins
- Wasthen Menezes
- 4 de abr.
- 2 min de leitura

Guaraí/TO – A Polícia Civil do Tocantins realizou nesta sexta-feira (4) uma perícia detalhada em fornalhas de uma cerâmica localizada no interior do estado, cujo proprietário, um homem de 52 anos, é o principal suspeito do desaparecimento e possível feminicídio da jovem Míria Mendes Souza, de apenas 19 anos. O caso, que chocou a população local, ganha contornos ainda mais sombrios diante da suspeita de que o corpo da vítima teria sido incinerado no local.
Míria desapareceu em 18 de agosto de 2023 e desde então familiares e amigos vivem em busca de respostas. O principal suspeito, identificado pelas iniciais A.G.O., mantinha um relacionamento com a jovem e, segundo a Polícia, apresentou diversas versões contraditórias em seus depoimentos. “As contradições e omissões são constantes, o que reforça os indícios contra ele”, afirmou o delegado Joelberth Nunes.
Durante as investigações, uma funcionária da residência do suspeito desmentiu uma das versões apresentadas por A.G.O., que tentava atribuir a ela um suposto desentendimento com a vítima no dia do desaparecimento. A mulher negou qualquer briga com Míria e ressaltou nunca ter tido problemas com a jovem.
Outro ponto que intensificou as suspeitas foi o histórico de violência do investigado. De acordo com o delegado Antonione Vandré, meses antes do desaparecimento, o homem teria empurrado Míria de um carro em movimento. A conduta, segundo a Polícia, é semelhante à registrada em outro caso, envolvendo uma ex-companheira do suspeito, em município da região do Bico do Papagaio. Ele também responde por outras duas ocorrências graves de violência doméstica, uma delas com relatos de tortura.
Informações anônimas recebidas pela Polícia apontam que o corpo de Míria teria sido queimado em uma das fornalhas da cerâmica, mas os depoentes recusaram-se a se identificar, temendo represálias, o que tem dificultado o avanço das investigações. “Há um clima de medo, e isso só reforça o perfil perigoso do investigado”, explicou Antonione.
As diligências continuam em andamento e novas perícias serão realizadas. A Polícia Civil reitera o compromisso de elucidar o caso e pede que qualquer pessoa com informações sobre o paradeiro de Míria ou sobre o crime entre em contato de forma anônima com as autoridades.
Caso você saiba de algo, denuncie. O silêncio protege o agressor.
コメント