CAPS Sem Medicamento? Grávidas Exoneradas? Encobrindo a Morte do Macaco? Até Quando a Gestão Atual Culpará a Anterior?
- Wasthen Menezes
- 17 de mar.
- 4 min de leitura

A gestão municipal de Palmas enfrenta uma série de problemas que expõem a fragilidade dos serviços públicos. Enquanto a saúde mental aparenta ter sido negligenciada, a Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS) lida com denúncias de má gestão. Na Educação um caso absurdo de 39 gestantes chama atenção. Não podemos deixar despercebido o caso de um macaco morto no Parque Cesamar que levantou suspeitas sobre uma possível morte por febre amarela, na qual foi descartada, mas porque o caso aparentemente foi abafado?
CAPS ABANDONADO: DESCASO COM A SAÚDE MENTAL?
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), essenciais para o tratamento de pessoas com transtornos mentais, estão em situação de abandono em Palmas. Pacientes relatam dificuldades no atendimento, falta de medicamentos e estrutura precária. A ausência de investimentos e a falta de profissionais comprometem a recuperação daqueles que mais precisam de apoio. O problema reflete o descaso da gestão municipal com a saúde mental, um setor já historicamente negligenciado.
A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) de Palmas informou que o Cloridrato de Naltrexona será entregue nesta segunda-feira, 10, ( confirmamos que realmente foi entregue) ao Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD III). A falta temporária do medicamento ocorreu devido a questões logísticas, mas a Semus garante que insumos e medicamentos são entregues regularmente para assegurar a melhor assistência aos pacientes.
A Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS) de Palmas tem sido alvo de críticas devido à desorganização e falta de transparência. Há relatos de problemas na marcação de consultas, falta de materiais básicos em unidades de saúde e demora no atendimento. Além disso, denúncias apontam para possíveis irregularidades na administração dos recursos, agravando ainda mais a crise na saúde pública da cidade.
Demissão de Grávidas em Palmas: Gestão Atual Deve Assumir Responsabilidade pelos Direitos Violados
No final de 2024, durante a gestão anterior, 39 mulheres contratadas temporariamente pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Palmas foram demitidas enquanto grávidas. Mais de quatro meses depois, elas ainda não receberam seus direitos trabalhistas, mesmo após a legislação garantir estabilidade provisória para gestantes em contratos temporários, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em outubro de 2023.
A gestão anterior, que se dizia defensora dos direitos das mulheres, falhou em proteger suas servidoras quando mais precisavam. Agora, a gestão atual de Palmas não pode se esquivar dessa responsabilidade, mesmo que tente culpar a administração anterior. A omissão na resolução dessa situação é inaceitável e compromete a credibilidade da administração pública. A falta de ação efetiva para garantir os direitos dessas trabalhadoras demonstra uma falha clara em respeitar os direitos trabalhistas e a dignidade das mulheres, especialmente aquelas que enfrentam desafios como a maternidade. A gestão de Palmas precisa agir imediatamente e honrar os direitos dessas servidoras.
Problemas enfrentados pelas trabalhadoras grávidas em Palmas é culpa da gestão anterior?
O primeiro problema foi a demissão de 39 mulheres grávidas durante a gestão anterior.
O segundo problema envolve a solicitação de requerimento administrativo de licença-maternidade, que foi negada tanto pela gestão anterior quanto pela atual.
O terceiro problema é que muitas dessas mulheres ainda não receberam os direitos trabalhistas devidos, com cerca de 39 casos pendentes até o momento.
Uma gestão, que se mostra tão preocupada com animais e diversidade deveria ter a mínima atenção e zelo com essas servidoras.
ALERTA SANITÁRIO: MACACO MORTO NO CESAMAR. OBSCURIDADE NA DIVULGAÇÃO?
A morte de um macaco no Parque Cesamar, em 15 de fevereiro de 2025, acendeu um alerta sanitário, pois a presença do animal morto poderia indicar risco de febre amarela, exigindo uma resposta rápida das autoridades de saúde, especialmente da Prefeitura, o primeiro ente a tomar ciência do caso. No entanto, o site R1 Palmas foi o responsável por divulgar o ocorrido em 11 de março, com a denúncia se tornando pública somente no dia seguinte, 12 de março, no G1 Tocantins. Essa publicação ocorreu devido à denúncia exclusiva do R1, sem uma iniciativa inicial da Prefeitura.
De acordo com o Art. 7º da Lei nº 6.259/1975, que estabelece a notificação imediata de casos suspeitos de febre amarela, as autoridades sanitárias competentes devem ser informadas imediatamente sobre qualquer suspeita. A falha em comunicar oficialmente a população sobre o caso de febre amarela violou esse princípio, já que o alerta à população deveria ter ocorrido dentro de 24 horas.
Em 12 de março de 2025, o G1 publicou que o laudo descartou a morte por febre amarela no macaco encontrado no Parque Cesamar. Estamos livres da febre amarela, sim. No entanto, a grande questão é o fato de a população ter ficado sem informações oficiais por quase um mês. Caso a febre amarela tivesse sido confirmada, qual seria a consequência de não termos sido alertados de forma imediata, conforme exige a lei?
Silêncio Perigoso: O Risco da Falta de Informação
Imagine que você mora em um prédio com um alarme de incêndio que deve disparar assim que há qualquer sinal de fogo. Se esse alarme falhar e não tocar, mesmo que um incêndio comece, ninguém saberá do perigo a tempo de evacuar ou se proteger. Sem a informação oficial e imediata, a população fica como se estivesse desprotegida, sem a chance de tomar as medidas necessárias para evitar um possível desastre.
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