Em uma mobilização emergencial após o desabamento parcial da ponte Juscelino Kubitschek, entre Tocantins e Maranhão, a Polícia Científica do Tocantins montou um posto avançado provisório no aeroporto de Tocantinópolis para agilizar os trabalhos de identificação e liberação dos corpos das vítimas.
A estrutura temporária foi organizada exclusivamente com profissionais da Polícia Científica, incluindo peritos criminais do Instituto de Criminalística (IC), papiloscopistas do Instituto de Identificação e agentes de necrotomia e médicos legistas do Instituto Médico Legal (IML).
Segundo o chefe do Núcleo de Medicina Legal de Tocantinópolis, Hydelgardo Henrique Martins Costa, o objetivo é reduzir o tempo de espera das famílias. “São duas tendas separadas, uma para acolhimento dos familiares e outra para as análises técnicas e liberação dos corpos. Essa agilidade é fundamental para amenizar o sofrimento das famílias neste momento tão difícil”, destacou.
A operação foi iniciada com o apoio de equipes de mergulho dos Corpos de Bombeiros do Tocantins e Maranhão, além da Marinha do Brasil. Na quarta-feira (25), dois corpos foram resgatados no Rio Tocantins e levados diretamente para os exames periciais no posto avançado.
União de forças e celeridade no atendimento
O secretário da Segurança Pública, Wlademir Mota Oliveira, ressaltou a importância da atuação integrada. “Estamos trabalhando para garantir que as famílias possam se despedir com dignidade. A atuação eficiente da Polícia Científica neste caso demonstra o compromisso em prestar um serviço rápido e humanizado”, afirmou.
As vítimas
Até o momento, seis óbitos foram confirmados. Os corpos foram identificados e liberados rapidamente graças à estrutura montada:
Lorena Rodrigues Ribeiro, 25 anos – Liberada no dia 22.
Lorrane Cidronio de Jesus, 11 anos – Encaminhada ao IML do Maranhão no dia 24.
Kecio Francisco Santos Lopes, 42 anos – Liberado no dia 24.
Andreia Maria de Sousa, 45 anos – Liberada no dia 24.
Anísio Padilha Soares, 43 anos – Liberado no dia 25.
Silvana dos Santos Rocha Soares, 53 anos – Liberada no dia 25.
O único sobrevivente resgatado foi Jairo Silva Rodrigues, de 36 anos, que está em recuperação.
Reconhecimento à Polícia Científica
A atuação da Polícia Científica, com seus três pilares – Instituto de Criminalística (IC), Instituto Médico Legal (IML) e Instituto de Identificação – foi decisiva para atender à demanda com eficiência e agilidade. O posto avançado garantiu perícias detalhadas, exames necropapiloscópicos e análises técnicas essenciais para a liberação dos corpos em tempo hábil.
Esse esforço coordenado destaca o papel fundamental da Polícia Científica em momentos de crise, reafirmando sua importância no sistema de segurança pública e no apoio à sociedade em situações de tragédia.
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