Enquanto o governador avança na recondução de secretários em diversas áreas, a Secretaria de Segurança Pública permanece sem um líder definido. A ausência de um anúncio para a pasta, marcada por atritos e desafios na gestão anterior, tem gerado preocupação, especialmente diante do aumento da criminalidade e do histórico de tensão com a Polícia Militar.
O ex-secretário Wladimir Mota, delegado de polícia, teve uma gestão marcada por conflitos internos e dificuldades em unificar as forças de segurança. Um dos episódios foi a tensão com a Polícia Militar, que acusava a Polícia Civil de vazamentos estratégicos à imprensa e questionava a condução de operações que envolviam policiais militares.
Sob a gestão de Wladimir, é fato que a criminalidade teve um crescimento preocupante e histórico em 2023, com aumento de furtos, roubos e crimes violentos em áreas urbanas e rurais. A falta de coordenação entre as forças policiais, pode agravar atritos entre as lideranças, comprometendo as respostas do Estado às demandas por segurança pública.
Polícia Militar x Polícia Civil
Uma operação específica da Polícia Civil contra policiais militares ampliaram o distanciamento entre as corporações. Embora as ações tenham sido respaldadas por decisões judiciais, a PM criticou a maneira como foram conduzidas, acusando o ex-secretário de priorizar a exposição midiática em vez da solução efetiva dos problemas.
O governo agora enfrenta o desafio de encontrar um novo gestor capaz de superar os problemas herdados e estabelecer um diálogo eficaz entre as forças de segurança. Segundo fontes ligadas ao Executivo, a busca é por um perfil pacificador, que consiga articular estratégias conjuntas para reduzir os índices de criminalidade e garantir a estabilidade interna.
Enquanto a definição não ocorre, a população assiste apreensiva à incerteza sobre os rumos da segurança pública no Estado. A escolha do novo secretário será determinante para recuperar a confiança da sociedade e alinhar as ações entre Polícia Civil e Militar, evitando crises que, como em 2023, colocam em xeque a governabilidade e a paz social.
Comments