Sobrinho do Governador é preso em operação da Polícia Federal que investiga vazamento de decisões judiciais no Tocantins

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (18), uma operação para apurar supostos vazamentos de decisões judiciais no Tocantins. Um dos alvos foi o advogado Thiago Marcos Barbosa de Carvalho, que foi preso durante a ação. O procurador de Justiça Ricardo Vicente da Silva também foi investigado e teve mandados de busca cumpridos. A operação faz parte de um desdobramento da Operação Sisamnes, que apura crimes como obstrução de justiça, violação do sigilo funcional, corrupção ativa e passiva.

Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O advogado Thiago Marcos é sobrinho do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), que, segundo as informações divulgadas, não é investigado na operação. O Opinativo Politico tenta contato com a defesa dos envolvidos, mas não tem êxito até o momento, deixando o espaço aberto para manifestações. Posicionamento do MPTO. Em nota, o Ministério Público do Tocantins (MPTO) afirmou ao G1 Tocantins, que não teve acesso à decisão que autorizou a operação contra um procurador de Justiça e um assessor, motivo pelo qual não irá se manifestar neste momento. Solicitamos um posicionamento do governador Wanderlei Barbosa, mas ainda não recebemos resposta.

Nota da Defesa do Governador

Nota à imprensa

A defesa do Governador Wanderlei Barbosa esclarece que desde o dia 15 de abril de 2024 ele foi formalmente habilitado no inquérito da FAMES-19 junto com seus advogados, tendo, desde então, acesso regular ao processo por meio dos trâmites legais.

Dessa forma, não houve qualquer recebimento de informação privilegiada um vez que a conversa mencionada na investigação da Operação Sisamnes, encontrada no WhatsApp dos suspeitos, data de 28 de junho de 2024, quase três meses desde que a defesa do governador já possuía acesso integral ao processo.

Reforçamos que o Governador Wanderlei Barbosa não é alvo da investigação e nem foi citado no processo. Eventuais desdobramentos são de exclusiva responsabilidade dos investigados, não cabendo qualquer tentativa de vinculação ao governador por atos individuais de terceiros.

Destacamos ainda que Thiago Barbosa e Goianyr Barbosa, citados na investigação, não possuem qualquer vínculo com o Governo do Tocantins. Thiago era assessor do Ministério Público Estadual (MPE), e seu pai, Goianyr Barbosa, não ocupa cargo na administração estadual.

A defesa reitera sua confiança nas instituições e no devido processo legal, assegurando o direito constitucional ao contraditório e à ampla defesa.

Palmas, 18 de março de 2025.

Equipe Técnica de Defesa do Governador Wanderlei Barbosa